quinta-feira, 26 de novembro de 2015

SISTEMA 25 no 17º FRTN com estréia de novos atores


De 21 a 29 de novembro de 2015, o Recife realiza a 17ª edição do Festival Recife do Teatro Nacional, sob coordenação geral de Romildo Moreira, Chefe da Divisão de Artes Cênicas, da FCCR. (Romildo Moreira aprendeu com o tempo a fazer milagres e nem Santo ele é). Aliás, sobre o Festival sugerimos ler o blog Satisfeita Yolanda?

A primeira vitória é fazer o Festival. O segundo tento é fazê-lo em Homenagem a Valdi Coutinho, jornalista, crítico, dramaturgo, diretor, ator, professor de teatro. Militante das Artes. (Ver texto publicado).

No sábado, 28 de novembro, no Teatro Hermilo Borba Filho, em duas sessões às 18h e 21:30h estará em cena o nosso espetáculo SISTEMA 25. Para nós, uma excelente oportunidade, afinal nosso espetáculo é apresentado para somente 25 espectadores por sessão e nem sempre os organizadores de projetos aceitam tamanha limitação, mesmo que seja em decorrência da proposta de realização da obra.  

De nossa parte, ainda, destacamos a estréia de dois novos atores, Paulo André Viana (em substituição a Bile Ares) e André Xavier (em substituição a João Neto). Também registramos o retorno de Edinaldo Ribeiro, em substituição a Rogério Alves. Dando continuidade ao nosso processo de alternância de atores nas cenas, Breno Fittipaldi assume mais uma cena ao lado de Edinaldo Ribeiro. Ricardo Almeida (que por erro teve o seu nome omitido do programa oficial, continua no elenco, ativamente mergulhado no universo dos 25 homens preparados para morrer.

José Manoel Sobrinho

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

HOMENAGEM A VALDI COUTINHO – 17º Festival Recife do Teatro Nacional.

No programa oficial do 17º Festival Recife do Teatro Nacional, realizado pela Fundação de Cultura Cidade do Recife está publicado um texto em homenagem a Valdi Coutinho, assinado por José Manoel Sobrinho, diretor dos espetáculos SISTEMA 25 e Como a Lua, ambos participantes da programação, motivo pelo qual o transcrevemos a seguir associando-nos à justa homenagem.


“VALDI COUTINHO EM CENA ABERTA ESTE ANOS”

Meu querido Valdi Coutinho

Sei que muitos gostariam de ter a oportunidade de escrever sobre e para você, como estou fazendo agora e por isso quero agradecer a Prefeitura do Recife porque terei a chance de falar-lhe sobre como todos nós somos gratos a você e como estamos em festa por essa homenagem.

Um Festival de Teatro merece ser lembrado pelos valores que agrega, e homenagear você, Valdi, significa reconhecer a importância de um dos artistas e profissionais da comunicação mais significativos para este Estado. Como nos faz falta a leitura dos seus textos nas páginas dos jornais com suas análises provocantes, suas notícias atualizadas, sua força crítica. Como faz falta ler seus comentários. Qualquer pesquisador da História do Teatro Pernambucano inevitavelmente passará pelos seus escritos, publicados na imprensa de Pernambuco, principalmente na sua coluna diária, Cena Aberta, do Diário de Pernambuco. Um profissional que escrevia sobre tudo, sem nunca deixar de ressaltar suas opiniões sobre os fatos, muitas vezes em absoluta exposição pessoal por causa de sua sincera abordagem. Aliás, as provocações eram muitas.

Você foi presidente do Teatro Ambiente do Museu de Arte Contemporânea de Olinda, nos anos 70 ( auge e efervescências política da cidade), depois, Diretor de Cultura de Olinda. Colunista teatral, mas que pensava sobre dança, música, artes plásticas, política cultural, gestão pública; Você, uma liderança política ligada ao movimento organizado da arte e da cultura que compôs o grupo de trabalho para o surgimento da Federação do Teatro de Pernambuco – Feteape, tendo sido seu secretário, quando este era um dos movimentos mais importantes do país; repórter esportivo do Diário de Pernambuco, tendo acompanhado 3 copas do mundo de futebol; artista plástico (saudade dos seus quadros, seus desenhos a bico de pena), carnavalesco (saudades de sua casa da Ladeira 15 de Novembro, de Olinda e do nosso A Lira das Mimosas), criador do Baile dos Artistas (juntamente com Marcos Siqueira), dramaturgo, ator (excepcional, muitas risadas com Dona Custódia Arroubas de Os Mistérios do Sexo), professor e diretor, foi responsável pela origem de muita gente no teatro local. Assim como eu, originário do Teatro Experimental de Olinda, importante grupo de teatro criado por você, nos anos 70.

Você construiu e coordenou relevantes projetos, como o Projeto Teatro Comunitário, Protec, em parceria com a Companhia de Habitação de Pernambuco (COHAB) abrindo espaço para muitos jovens em Recife, Olinda, Igarassu e Arcoverde se dedicarem a prática do Teatro. Minha primeira viagem a Arcoverde, em 1977 foi em sua companhia; nunca mais deixei de ir lá.

Nos anos 90, Valdi dedicou-se a função de professor de teatro com atuação junto a Arteviva, para a formação de jovens artistas que hoje atuam na cena local e nacional.

Desculpe me utilizar de um espaço tão público e oficial para falar de maneira tão íntima, mas foi a forma que encontrei para declarar o meu amor por você, Valdi, e de, em nome de todos agradecer pelos anos de dedicação, transpiração e trabalho e, também para lembrar ao Recife que você continua sendo um dedicado parceiro porque todo mês o Jornal A ribalta nos chega assinado por você, sob a chancela do Sated-PE.

Dedicar este Festival a você, Valdi, é prestar uma homenagem ao trabalho, à festa da arte, à resistência e à coragem. Se tivesse que sintetizar você em uma palavra, seria Superação, mas você é múltiplo.

Um forte abraço,

José Manoel Sobrinho.

Novembro de 2015